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20 de julho de 2018 Dr. André LauthDoenças0
São muitas as causas e tratamentos para queda de cabelo. Conheça alguns deles:

Alopecia androgenética

O que é?

Alopecia androgenética, ou calvície, é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. É relativamente frequente na população. Homens e mulheres podem ser acometidos pelo problema, que apesar de se iniciar na adolescência, só é aparente após algum tempo, por volta dos 40 ou 50 anos. Apesar do termo “andro” se referir ao hormônio masculino, na maioria das vezes os níveis hormonais se mostram normais nos exames de sangue. A doença se desenvolve desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos.

Sintomas

A queixa mais frequente na alopecia androgenética é a de afinamento dos fios. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto. Nas mulheres, a região central é mais acometida, pode haver associação com irregularidade menstrual, acne, obesidade e aumento de pelos no corpo. Porém, em geral, são sintomas discretos. Nos homens, as áreas mais abertas são a coroa e a região frontal (entradas).

Tratamentos

Baseia-se em estimulantes do crescimento dos fios como o minoxidil e em bloqueadores hormonais. O objetivo do tratamento é estacionar o processo e recuperar parte da perda. Os bloqueadores hormonais são medicamentos via oral; nos homens, a finasterida é a mais usada. Nas mulheres, anticoncepcionais, espironolactona, ciproterona e a própria finasterida podem ser receitados. Nos casos mais extensos, um transplante capilar pode melhorar o aspecto estético.

Prevenção

Alopecia androgenética é uma doença genética, mas alguns fatores podem piorar o problema, como, por exemplo, a menopausa e o uso de suplementação de hormônios masculinos. Exames genéticos podem identificar os pacientes com maior risco de desenvolver a doença. Entretanto, não há como evitar totalmente o desenvolvimento da alopecia sem o tratamento adequado.

Alopecia areata

O que é?

Alopecia areata é uma doença inflamatória que provoca a queda de cabelo. Diversos fatores estão envolvidos no seu desenvolvimento, como a genética e a participação autoimune. Os fios começam a cair resultando mais frequentemente em falhas circulares sem pelos ou cabelos. A extensão dessa perda varia, sendo que, em alguns casos, poucas regiões são afetadas. Em outros, a perda de cabelo pode ser maior. Há casos raros de alopecia areata total, nos quais o paciente perde todo o cabelo da cabeça; ou alopecia areata universal, na qual caem os pelos de todo o corpo. A alopecia areata não é contagiosa. Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro. A evolução da alopecia areata não é previsível.  O cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Isto ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação. Entretanto, novos surtos podem ocorrer. Cada caso é único. Estudos sugerem que cerca de  5% dos pacientes perdem todos os pelos do corpo.

Sintomas

A alopecia areata não possui nenhum outro sintoma além da perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações. A pele é lisa e brilhante e os pelos ao redor da placa saem facilmente se forem puxados. Os cabelos, quando renascem, podem ser brancos, adquirindo posteriormente sua coloração normal. A forma mais comum é uma placa única, arredondada, que ocorre geralmente no couro cabeludo e barba, conhecida popularmente como pelada.
Outras doenças autoimunes podem acontecer em alguns pacientes, como vitiligo, problemas da tireoide e lúpus eritematoso, por exemplo. Portanto, muitas vezes se faz necessária a reavaliação de exames de sangue. O principal dano aos pacientes é mesmo o psicológico. A interferência na rotina diária nos casos mais extensos pode prejudicar a qualidade de vida.

Tratamentos

Diversos tratamentos estão disponíveis para a alopecia areata. Medicamentos tópicos como minoxidil, corticoides e antralina podem ser associados a tratamentos mais agressivos como sensibilizantes (difenciprona) ou metotrexate. Corticóides injetávies podem ser usados em áreas bem delimitadas do couro cabeludo ou do corpo. A opção deve ser realizada pelo dermatologista em conjunto com o paciente. Os tratamentos visam controlar a doença, reduzir as falhas e evitar que novas surjam. Eles estimulam o folículo a produzir cabelo novamente, e precisam continuar até que a doença desapareça. Atenção: Evitar a “automedicação”. Somente um médico dermatologistapode prescrever a opção mais adequada.

Prevenção

Não há formas de prevenir a doença uma vez que suas causas são desconhecidas, mas há algumas dicas para que a pessoa se sinta melhor:
  • Procurar se informar sobre a doença. Conhecer mais sobre o problema ajuda a compreender a evolução da doença e reduzir a ansiedade.
  • Usar maquiagem para minimizar a aparência da perda do cabelo.
  • Investir em perucas, chapéus e lenços para proteger a cabeça. Além de serem estilosos, deixam o visual mais moderno.
  • Reduzir o estresse: as crises agudas de queda podem se associar a períodos críticos de estresse, tais como problemas no trabalho ou na família, mortes, cirurgias, acidentes etc.
Embora a doença não seja clinicamente grave, pode afetar o estado emocional. Os grupos de apoio estão disponíveis para ajudar a lidar com possíveis efeitos psicológicos.

Eflúvio Telógeno

O que é?

É uma condição que se caracteriza pelo aumento da queda diária de fios de cabelo. Seu aumento é visto principalmente naquele bolo que cai no chuveiro ou fica na escova quando penteamos. O eflúvio se divide em dois tipos: agudo e crônico. São subtítulos que compartilham a queixa de queda aguda, mas são clinicamente distintos.
Eflúvio telógeno agudo: sua causa está associada a algum evento que aconteceu três meses antes do início da queda. Isso porque o período de preparo para a queda dura de dois a três meses e os fios se desprendem ao final desse ciclo. Esses eventos, ou gatilhos, convertem um percentual maior de fios para a fase de queda. Sendo assim, ao invés de termos 100-120 fios caindo diariamente, temos 200-300 fios, dependendo do paciente e da causa do eflúvio.  Os eventos mais associados à queda são: pós-parto, febre, infecção aguda, sinusite, pneumonia, gripe, dietas muito restritivas, doenças metabólicas ou infecciosas, cirurgias, especialmente a bariátrica, por conta da perda de sangue e do estresse metabólico, além do estresse. Algumas medicações também podem desencadear o problema. Tudo isso pode interferir na proporção dos fios na fase de queda. Em geral, 70% dos casos têm o agente descoberto. Já nos 30% restantes a causa acaba por não ser definida.
Eflúvio telógeno crônico: a fase na qual os fios caem muito, se assemelha à versão aguda. Porém, em longo prazo, é diferente. Há ciclos de aumento dos fios na fase de queda, de forma cíclica, uma ou duas vezes por ano, ou a cada dois anos, dependendo do paciente. Conforme o tempo passa, o paciente fica com o cabelo mais volumoso na base e menos volumoso no comprimento. O cabelo fica mais curto e com o “rabo de cavalo” mais fino. Se o paciente só tiver essa condição, não ficará com o cabelo ralo no couro cabeludo. Porém, seu problema pode estar associado a outras condições que causam rarefação dos fios. De qualquer forma, se perde muito volume e comprimento. O problema nem sempre tem causa definida, mas sabe-se que está associado a doenças autoimunes, dentre elas, a mais comum é a tireoidite de Hashimoto.

Sintomas

O principal sintoma é a queda aguda do cabelo, com aumento dos fios que caem dia a dia. Coceira no couro cabeludo, principalmente na região posterior, pode estar presente em alguns casos.

Tratamentos

O eflúvio é autolimitado, ou seja, tem uma duração predeterminada de dois a quatro meses, caso não haja outra doença associada. E, de um dia para o outro, há uma aparente melhora. Na teoria, não seria preciso tratamento. Porém, se o paciente tem alguma condição associada, como alopecia androgenética (calvície) ou a alopecia senil (rarefação que surge após os 60 anos), em geral, costuma-se tratá-lo para que possa ter plena capacidade de recuperar o volume e o comprimento dos fios.   É importante lembrar que não há um tratamento específico. Algumas medicações, que são estimuladoras do crescimento capilar, podem ser associadas para acelerar esse processo de recuperação.  Se o paciente for saudável, e sem doença prévia do couro cabeludo, terá plena capacidade de recuperação.   O prognóstico em geral é bom, mas é sempre indicado que a pessoa procure um dermatologista para conhecer melhor seu caso, e se há a necessidade de tratar alguma possível doença de base associada. Ou, ainda, se é preciso descobrir algum fator que possa estar associado à queda, como na área alimentar, seja por uma deficiência de ferro ou vitaminas, ou em razão de dietas hiperproteicas, as quais temos visto mais pessoas aderindo a cada dia. O paciente precisa ser bem orientado para saber o que faz bem para seu metabolismo e ciclo capilar.

Prevenção

Não há prevenção para o eflúvio telógeno. Porém, há situações nas quais seu surgimento é esperado, como na fase do pós-parto, quando é comum ocorrer queda dos fios 2-3 meses após o parto. É aconselhável orientar a paciente a procurar um dermatologista logo no início do problema. O mesmo vale para aqueles que passaram por cirurgia bariátrica ou por uma dieta emagrecedora. Eles precisam ser bem orientados para buscar ajuda assim que notarem a queda acentuada dos fios e obter orientação para a melhor conduta do caso.
Fonte:
Sociedade Brasileira de Dermatologia

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20 de julho de 2018 Dr. André LauthDoenças0

O que é?

Acne é o nome dado a espinhas e cravos que surgem devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos. Muito frequente na fase da adolescência, sem deixar de ser comum também em adultos, principalmente em mulheres. Além do incômodo das lesões, como na adolescência a aparência é um fator importante. O comprometimento estético determinado por alterações da pele pode atingir o lado psicológico e tornar o adolescente inseguro, tímido, deprimido. Além disso, infeliz, com rebaixamento da autoestima e com consequências sérias que podem persistir pelo resto da vida.

Sintomas

Hormônios sexuais, que começam a ser produzidos na puberdade, são os principais responsáveis pelas alterações das características da pele, assim como pelo surgimento da acne. As lesões aparecem com mais frequência na face, mas também podem ocorrer nas costas, ombros e peito. Esses hormônios, chamados andrógenos e estrógenos, são produzidos tanto pelos ovários (mulher) e testículos (homem) quanto pelas glândulas suprarrenais (duas pequenas glândulas situadas sobre os rins) em ambos os sexos. A produção dos andrógenos é maior nos homens e a dos estrógenos é maior nas mulheres. São os andrógenos os responsáveis pelo início do funcionamento das chamadas glândulas sebáceas que são mais ativas na face, peito, costas e couro cabeludo. Essas glândulas estão presentes desde o nascimento, mas são mais ativas na puberdade, época em que, em pessoas com predisposição genética, desencadeia mudanças relacionadas ao conteúdo de gordura (secreção sebácea) da pele e do couro cabeludo. Assim, os sintomas principais são: comedões (cravos); pápulas (lesões sólidas arredondadas, endurecidas e eritematosas); pústulas (lesões com pus); nódulos (lesões caracterizadas pela inflamação, que se expandem por camadas mais profundas da pele e podem levar à destruição de tecidos, causando cicatrizes) e cistos (maiores que as pústulas, inflamados, expandem-se por camadas mais profundas da pele, podem ser muito dolorosos e deixar cicatrizes). Pode ocorrer piora relacionada a situações de estresse ou no período menstrual. Certos medicamentos como corticoides, vitaminas do complexo B, exposição exagerada ao sol, contato com óleos, graxas ou produtos gordurosos, época do ano (especialmente inverno) e, principalmente, o hábito de mexer nas lesões (“espremer cravos e espinhas”) pioram o quadro. A acne não é contagiosa e não se relaciona à “sujeira” da pele ou do sangue.

Tratamentos

O ideal é a acne ser tratada o mais precocemente possível por um dermatologista. Está ultrapassada a ideia de que não se deve tratá-la por ser considerada “própria da idade”, “de desaparecimento espontâneo com o tempo” ou “de não ser doença”. Seu controle é recomendável não só por razões estéticas, como também para preservar a saúde da pele e a saúde psíquica, além de prevenir cicatrizes (marcas da acne) tão difíceis de corrigir na idade adulta. E a melhor forma de evitá-las é começar o tratamento adequado o mais cedo possível. Ou seja, a acne tem tratamento e pode ser curada ou controlada, porém, isso pode levar bastante tempo. Importante: quem tem acne não deve, em nenhuma hipótese, manipular (“cutucar, espremer”) as lesões, pois isso pode levar à infecção, inflamação e cicatrizes. Há opções tanto de terapia local, quanto por via oral, ou a combinação de ambas. O tratamento vai variar de acordo com a gravidade e a localização, e em função de características individuais. É necessário verificar se há lesões não inflamatórias (“cravos”) e/ou inflamatórias (“espinhas”, nódulos, cistos) e/ou cicatrizes. Em formas leves, o tratamento pode ser apenas local, com inúmeros produtos existentes no mercado, isolados ou combinados: ácido salicílico, peróxido de benzoíla, retinoides (tretinoína, adapaleno), antibióticos (clindamicina e eritromicina, de preferência associados – no mesmo produto – aos retinoides ou peróxido de benzoíla) e ácido azeláico. Quando o quadro não evolui bem o tratamento por via oral é associado, utilizando-se antibióticos específicos, da classe das ciclinas (tetraciclina, doxiciclina, minociclina, limeciclina) ou macrolídios (eritromicina) ou sulfas (sulfametoxazol-trimetoprim), sempre associados ao tratamento local com retinoides ou peróxido de benzoíla ou ácido azeláico. O tratamento com antibiótico oral deve ser feito por, no máximo, três meses, em um ou até três ciclos. O tratamento hormonal, com anticoncepcionais orais, é sempre útil para as mulheres, desde que não existam contraindicações. Quando não há uma boa resposta aos tratamentos e se percebe uma tendência para cicatrizes ou um importante impacto negativo na qualidade de vida, deve ser indicada, o mais precocemente possível e desde que não existam contraindicações, a isotretinoína oral, mesmo em casos moderados. Contudo, esta droga é absolutamente contraindicada quando há possibilidade de gravidez, pois pode causar danos graves ao feto. Os efeitos colaterais mais comuns são: ressecamento dos lábios, nariz, olhos, pele do corpo; aumento do colesterol, triglicerídeos e enzimas hepáticas. Portanto, são necessários exames de sangue antes e durante o tratamento. É obrigatório afastar gravidez com um teste, aguardar a menstruação para iniciar o tratamento e se assegurar sobre o uso de métodos anticoncepcionais, iniciado um mês antes, mantido durante todo o tratamento e por um período de um mês após a suspensão da droga. Não existem riscos para gestações no futuro. Procedimentos complementares que ajudam no controle da acne são: extração de “cravos”, drenagem de abscessos, infiltração com corticoides em lesões nodulares muito inflamadas ou em cicatrizes elevadas, peelings químicos, microdermabrasão, alguns tipos de laser, luzes e esfoliações químicas. Orientação para não manipular as lesões e proteção solar são ações coadjuvantes importantes durante o tratamento. A limpeza de pele, quando bem indicada pelo dermatologista, e bem executada por esteticista treinado, pode ser um ótimo complemento do tratamento de algumas formas de acne. Observação: nunca uma limpeza de pele feita por leigos pode ser considerada forma de tratamento.
Prevenção
A prevenção começa com higiene adequada da pele com um sabonete ou produto de limpeza indicado especialmente para pela acneica ou oleosa. A limpeza excessiva é prejudicial à pele como um todo (causando irritação) e pode piorar as lesões.  Também se deve evitar cosméticos que aumentem a oleosidade. Acne tem forte componente genético, e não se relaciona diretamente com alimentação. Apesar de vários tabus, não é necessária nenhuma dieta ou restrição alimentar para seu tratamento ou prevenção. A pele pode melhorar após a exposição ao sol, porém, essa melhora é apenas temporária e a exposição exagerada acarreta piora do quadro. As pessoas com acne, como todos, devem se expor ao sol de maneira cuidadosa, racional e orientada.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

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20 de julho de 2018 Dr. André LauthDoenças0

O que é?

É um dos tipos mais comuns de alergia cutânea caracterizada por eczema atópico. É uma doença genética, crônica e que apresenta pele seca, erupções que coçam e crostas. Seu surgimento é mais comum nas dobras dos braços e da parte de trás dos joelhos. Não é uma doença contagiosa. Podem-se tocar as lesões à vontade que não há nenhum risco de transmissão. A dermatite atópica pode também vir acompanhada de asma ou rinite alérgica, porém, com manifestação clínica variável. Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de dermatite atópica podem incluir: alergia a pólen, a mofo, a ácaros ou a animais; contato com materiais ásperos; exposição a irritantes ambientais, fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e produtos de limpeza em geral; roupas de lã e de tecido sintético; baixa umidade do ar, frio intenso, calor e transpiração; infecções; estresse emocional e certos alimentos. O Tratamento deve ser feito por um dermatologista.

Sintoma

A característica principal da doença é uma pele muito seca com prurido importante que leva a ferimentos, além de outros sintomas, como, por exemplo: áreas esfoladas causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele ao redor das bolhas, áreas espessas ou parecidas com couro, que podem surgir após irritação e coceira prolongadas. Geralmente, trata-se de um quadro inflamatório da pele que vai e volta, podendo haver intervalos de meses ou anos, entre uma crise e outra. O eczema pode provocar comichão intensa, e o ato de coçar a lesão pode deixá-la ainda mais irritada e pruriginosa. A coceira pode levar a lesões da pele pela unha, o que facilita a invasão e contaminação das feridas por bactérias, principalmente o Staphylococcus aureus. O quadro clínico da dermatite atópica muda conforme a fase da doença. Pode ser divido em três estágios: – Fase infantil (3 meses a 2 anos de idade). – Fase pré-puberal (2 a 12 anos de idade). – Fase adulta (a partir de 12 anos de idade).

Tratamentos

O objetivo do tratamento da dermatite atópica visa o controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. Devido à pele ressecada, a base do tratamento é o uso de emolientes, também chamados de hidratantes. Isso porque a hidratação da pele é necessária para aliviar o eczema. Pacientes devem ser orientados a aplicar esses produtos várias vezes ao dia, ou quando a pele estiver muito seca. Outro fator importante é fortalecer a barreira da pele, evitando o contato com alérgenos ambientais, como poeira, pólen, sabonetes com perfume, produtos de limpeza doméstica e tabaco. Banhos quentes devem ser totalmente evitados. O ideal é tomar duchas frias ou mornas, pois a água quente resseca ainda mais a pele, que já é seca na dermatite atópica. Também se deve usar sabonetes especiais, sintéticos, antirressecamento, respeitando o pH da pele. O uso de anti-histamínicos por via oral pode ajudar com a coceira que acompanha essa doença. Alguns podem causar sonolência, mas ajudam a sedar o paciente e a diminuir a coceira durante o sono. O médico verificará se há opções de medicações que não proporcionem esse efeito colateral, se for do desejo do paciente. A maioria das causas do problema é tratada com medicamentos tópicos, que são colocados diretamente sobre a pele ou no couro cabeludo do paciente. Normalmente, é empregado um creme ou uma pomada de cortisona (ou esteroide). Esse medicamento deve ser de uso restrito, devido aos seus efeitos colaterais. Em algumas situações, é necessário cremes com diferentes concentrações de esteroide para diferentes áreas da pele. Como poupadores dos corticoides, podem ser empregados os derivados da calcineurina. A fototerapia, tratamento com raios ultravioleta, é bastante eficaz no controle do eczema. Porém, trata-se de uma terapia cara, que aumenta o risco de câncer de pele e provoca envelhecimento precoce, motivo pelo qual costuma ficar restrita apenas aos casos especiais e de difícil controle. Nos casos mais graves, os pacientes poderão precisar de medicações orais, incluindo corticoides, imunossupressores, como ciclosporina e metotrexate orais, entre outros. Já em casos de complicações, como infecções secundárias, é indicado o uso de antibióticos. Esses pacientes especiais necessitam de atendimento com vários especialistas porque, geralmente, também apresentam associações com asma, rinite, sinusite e até pneumonias de repetição. Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o cada caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. É preciso seguir à risca as orientações e jamais se automedicar. Também não se deve interromper o uso do medicamento sem consultar o médico antes e, tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita. O correto é sempre seguir as instruções na bula e do médico.

Prevenção

Fortalecer a barreira da pele e usar hidratantes específicos para pele muito seca.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

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20 de julho de 2018 Dr. André LauthDoenças0
O melasma é uma melanodermia, isto é, uma alteração da cor da pele na qual ocorre aumento da quantidade de melanina, pigmento da pele, em algumas áreas. A principal função da melanina é filtrar parte da radiação ultravioleta que vem do sol (funciona como um “filtro solar natural”). Ela também tem papel na regulação da temperatura e na absorção de radicais livres nas células. O melasma ocorre principalmente em mulheres acima dos 25 anos de idade, mas pode ocorrer mais cedo e também em homens.
Vários fatores contribuem para seu surgimento: Predisposição individual é uma delas. As pessoas de pele morena a negra e aquelas que têm familiares próximos com o problema têm uma chance maior de vir a apresentá-lo. Na gravidez existe uma chance de 50 a 70% de surgimento de melasma. Já com o uso de anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal da menopausa, o percentual pode variar de 8 a 29%.
Entretanto, o fator desencadeante mais importante no melasma é a exposição solar! Os raios ultravioleta do sol aumentam a atividade dos melanócitos, células que produzem a melanina, levando ao escurecimento das manchas.
Tratamento
O tratamento deve ser feito por um médico dermatologista. É fácil deduzir que a principal medida é o uso intensivo de fotoprotetoes (protetores solares). Os fatores mais altos, mais próximos a 100, e com cor de base, geralmente são os que mais protegem. A eficiência dos fotoprotetores cai muito após 2 horas, quando devem ser reaplicados para garantir sua total eficácia!
Os agentes clareadores atuam de diversas maneiras, antes durante e após o ciclo de produção da melanina, com o objetivo de evitar a sua produção e/ou promover a sua eliminação da pele! Existem agentes clareadores de uso tópico, tipo cremes, loções, etc, e de uso interno, por via oral.
O microagulhamento associado ou não à aplicação subsequente de clareadores vem ganhando espaço como um tratamento eficiente, muito seguro e que ainda traz melhora na qualidade da pele como ganho extra.
MMP, ou Microinfusão de Medicamentos na Pele, é um método no qual o dermatologista aplica medicamentos diretamente na pele, por meio de injeções com agulhas muito finas, ou com máquinas semelhantes às de tatuagem. Diversos medicamentos podem ser aplicados e já foram testados para o tratamento do melasma, inclusive a toxina botulínica.
NOVIDADE
A toxina botulínicamais diluída do que nas aplicações tradicionais, pode interferir na pigmentação, na vascularização e em outras características da pele, sendo hoje uma alternativa de tratamento não só para o melasma, mas também para diversas outras doenças de pele!
Os peelings leves e laseres são opções para casos que não respondem aos outros tratamentos.
Quer saber qual a melhor opção para o seu melasma? Agende uma consulta.

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20 de julho de 2018 Dr. André LauthImprensa0

Sente incômodo nessas regiões? Especialistas esclarecem o que pode estar causando a irritação

Por Amanda Panteri, Luiza Monteiro

Se tem alguma coisa mais chata do que a coceira , é quando ela aparece em áreas inusitadas. A irritação na região dos seios é uma delas (quem já passou por isso sabe que a chateação deixa a gente morrendo de vergonha!). Nem sempre o quadro é motivo de preocupação, mas, quando o sintoma persiste, é importante investigar.
Conversamos com o dermatologista André Lauth, de Curitiba , e com a mastologista Mônica Travassos, do Rio de Janeiro, para entender melhor os fatores por trás do coça-coça.

1. Ressecamento
Nosso corpo todo sofre com a falta de hidratação – os mamilos especialmente, onde a pele é mais sensível. No frio, a situação piora: o clima seco, as temperaturas baixas e os banhos quentes são a combinação ideal para as rachaduras e coceiras darem as caras.
“Evitar o uso excessivo do sabonete e a água muito quente são práticas que ajudam a manter na pele parte do seu manto hidrolipídico, isto é, sua hidratação natural”, indica André. Um bom creme hidratante complementa a proteção.

2. Escolhas erradas na hora do banho
“O ideal é usar um sabonete à base de glicerina”, explica o dermatologista. Esfoliação nessa região só é indicada sob orientação médica. Preste atenção também na hora de se secar: utilize uma toalha felpuda para não machucar os seios. “Aperte a toalha desde as bordas até o bico da mama”, ensina Mônica.

3. O tecido do sutiã
Você pode até não querer tirar do corpo aquela lingerie linda, mas se ela incomoda toda vez, é hora de repensar seu uso. Outra opção é comprar um protetor de aréola, daqueles em adesivo.

4. Escova progressiva
“Tenho visto muitas pacientes que fazem escova progressiva e, ao tomar banho, deixam o produto escorrer pelo corpo todo. Isso não é correto, pois o formol irrita a pele”, conta a mastologista. Então, se você fez algum tipo de química no salão, lembre-se de manter a cabeça bem longe do corpo ao enxaguar o cabelo pela primeira vez.

5. Roupas íntimas mal-lavadas
O suor propicia a proliferação de fungos e bactérias que, além de causarem mau odor, podem gerar micoses e furúnculos. “A mama é uma glândula sudorípara, por isso ela transpira bastante e solta secreções”, explica Mônica. O ideal é que sutiãs, tops e peças de academia sejam trocados diariamente.

6. Sobe e desce dos hormônios
As variações hormonais da TPM e da gravidez também podem ser a causa da coceira. “Nessas fases, aumenta a produção de hormônios que estimulam a circulação nas mamas”, diz a médica. As futuras mamães sofrem ainda com a expansão dos tecidos dos seios durante essa fase – outro motivo para a irritação.

7. Dermatite
Se nenhuma das causas anteriores se aplica a você, o problema pode ser dermatológico. “Uma doença que é bastante comum nessa área é a dermatite atópica, que causa coceira e vermelhidão no local e ao redor, diz André. Mas não se preocupe: com o tratamento adequado, ela tende a melhorar rapidinho. Converse com seu médico.

8. Sinal de câncer
A Doença de Paget também causa vermelhidão e coceira nos mamilos e indica uma fase inicial de câncer, segundo Mônica Travassos. Mas calma: o problema vem acompanhada de uma descamação excessiva da pele e não melhora com os tratamentos tradicionais. Nesse caso, você deve procurar um médico.

Fonte: Revista Boa Forma


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